Pode até parecer um crime contra a pátria ao falar mal de futebol justo em Copa do Mundo. Mas como não possuo um contrato de fidelidade ou pra ser fiel ao futebol, entao ja sabem.
Pra ser sincero, só sei as seleções que stáo no grupo do Brasil porque tal assunto esta em todas as rodas. Esse ano farei diferente, pois como ja sei pensar por si só, não vou torcer nem contra e nem a favor do Brasil, mas ficarei ali de uma certa forma ridicularizando essa leva de patriotismo que surge a cada quatro anos.
Não consigo entender como as pessoas fingem ser patriotas. Bandeiras pra lá e pra cá, rostos pintados! Gostaria de ver tal sentimento patriótico em alguma manifestação, ou em prol de algum beneficio para a população. Tudo bem, o povo brasileiro é falho nisso, sabe contra quem o Brasil irá jogar, mas nao sabe o que acontece no cenário político.
Voltando ao assunto da Copa, tudo bem que fiquem assistindo os jogos. Mas o mais engraçado é que parece que TODOS passam a entender de futebol! Esquemas táticos, jogadores, enfim, levam tão a sério que parecem estar discutindo algo como a mais-valia! Temos que colocar em pauta de que o futebol não é filosofia, não é algum tipo de manifestação. Mas sim alguns caras correndo atras de uma bola com o objetivo de colocar aquela esfera dentro de tres balisas com uma rede! Não existe um conhecimento aprofundado, nem sequer um embasamento filosófico.
Achei um comentário muito interessante sobre a copa, que diz o seguinte:
"As pessoas não se dividem mais apenas em torcidas opostas. Agora temos adeptos de “correntes filosóficas”. Discutem conceitos e linhagens futebolísticas. É como ter imortais da Academia de Letras discutindo sexo: gente falando muito sobre algo que pratica pouco."
São discussões que não chegam a uma conclusao! Assim como nunca chegam a conclusao de quem é melhor: Maradona ou Pelé? São discussões infundadas e sem nexo algum.
Evolução ao contrário é assim, Juquinha: você começa com as pessoas divididas entre existencialismo e determinismo, modernistas e pós-modernistas. E termina com o racha entre adeptos do futebol arte e o futebol força. Não dá. Não troco Platão por Galvão Bueno.
Sim, vou assistir aos jogos – mais pela cerveja, petiscos e gritaria do que qualquer outra coisa. Mas sem essa de me emocionar. Dunga tem grandes chances de voltar de mãos abanando. Mas não vou ficar dizendo “Eu não disse?” O futebol, enquanto clichê de “ópio do povo” não é lá essas coisas. Conheço formas mais interessantes de me entorpecer. Johnnie Walker Green Label desce mais redondo do que um drible do Kaká.
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